A
interpretação da Arte
Já faz alguns
anos que penso e reflito nisso e hoje resolvi escrever sobre num dos meus blogs
que estão abandonados há tempos. Na verdade há 3 anos quase.
É sobre como
eu penso que acontece a interpretação de uma obra de arte, seja ela pintura,
escultura, música, literatura e até a sétima arte do cinema que sou muito fã.
Eu tenho
certeza que a arte foi feita para todos sem exceção, pra gente de todos os
níveis sociais, culturais e financeiros. Ela não foi feita só para alguns, seja
ela classificada como sofisticada ou popular. Já conheci e vi casos de um
lavrador que mal sabia assinar o nome ficar embevecido ao ouvir uma ópera. E já
vi milionários muito bem educados dançando pagode e rebolando muito. O ser
humano é um só.
A arte é
apreciada em camadas.
Por exemplo,
uma pessoa simples que veja um quadro de Vincent Van Gogh(escolhi esse que eu
adoro), se for muito instruído vai ver um pouco além só da imagem, se for uma
pessoa PhD num monte de coisas, vai enxergar algo mais. Mas se for uma pessoa
humilde e simples, vai enxergar só a imagem. Agora independentemente se for
rica, pobre, instruída ou analfabeta, se tiver sensibilidade, vai interpretar
em camadas mais profundas aquela obra, dentro do seu individualismo. Pois a
capacidade de ver é conforme o seu ser determina. Como foi sua vida, suas experiências,
ambiente de criação, coisas que presenciou, enfim, cada interpretação é única,
assim como é uno cada ser sobre essa Terra.
Usei como
exemplo 3 grandes obras que gosto muito. Uma pintura de Van Gogh “Quarto em
Arles”, uma fase atormentada da sua vida(Primeira imagem). O clássico livro “Moby
Dick, A Fera do Mar” de Herman Melville, e o Filme “
Então, tudo isso
pode ser visto, admirado, lido e assistido por pessoas de qualquer nível
intelectual, social ou de sensibilidade. Só que cada indivíduo vai enxergar, sentir,
vivenciar e extrair aquilo que o seu “eu” é capaz.
Mas não é
por isso que essa ou aquela arte tem que ser limitada a uma elite. Todos tem
direito a acessar todos os tipos de arte e vivenciar a sua própria experiência.
Já começamos a caminhar pra essa acessibilidade.
Um grande
exemplo entre outros, é do grande maestro e pianista brasileiro João Carlos
Martins, que tem uma história linda de superação, e mesmo com sua deficiência,
persistiu e hoje continua sendo um músico maravilhoso levando sua arte aonde
ninguém tem acesso. Um espírito de luz sem dúvida.
Bom chega
né? Poderia falar sobre esse tema até depois de amanhã, mas a última coisa que
eu quero é deixar alguém entediado. Só quis expor meu pensamento. Beijo a
todos! Até a próxima!