sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

A interpretação da Arte

Já faz alguns anos que penso e reflito nisso e hoje resolvi escrever sobre num dos meus blogs que estão abandonados há tempos. Na verdade há 3 anos quase.
É sobre como eu penso que acontece a interpretação de uma obra de arte, seja ela pintura, escultura, música, literatura e até a sétima arte do cinema que sou muito fã.


Eu tenho certeza que a arte foi feita para todos sem exceção, pra gente de todos os níveis sociais, culturais e financeiros. Ela não foi feita só para alguns, seja ela classificada como sofisticada ou popular. Já conheci e vi casos de um lavrador que mal sabia assinar o nome ficar embevecido ao ouvir uma ópera. E já vi milionários muito bem educados dançando pagode e rebolando muito. O ser humano é um só.

A arte é apreciada em camadas.

Por exemplo, uma pessoa simples que veja um quadro de Vincent Van Gogh(escolhi esse que eu adoro), se for muito instruído vai ver um pouco além só da imagem, se for uma pessoa PhD num monte de coisas, vai enxergar algo mais. Mas se for uma pessoa humilde e simples, vai enxergar só a imagem. Agora independentemente se for rica, pobre, instruída ou analfabeta, se tiver sensibilidade, vai interpretar em camadas mais profundas aquela obra, dentro do seu individualismo. Pois a capacidade de ver é conforme o seu ser determina. Como foi sua vida, suas experiências, ambiente de criação, coisas que presenciou, enfim, cada interpretação é única, assim como é uno cada ser sobre essa Terra.


Usei como exemplo 3 grandes obras que gosto muito. Uma pintura de Van Gogh “Quarto em Arles”, uma fase atormentada da sua vida(Primeira imagem). O clássico livro “Moby Dick, A Fera do Mar” de Herman Melville, e o Filme “
Contatos Imediatos de Quarto Grau”.



Então, tudo isso pode ser visto, admirado, lido e assistido por pessoas de qualquer nível intelectual, social ou de sensibilidade. Só que cada indivíduo vai enxergar, sentir, vivenciar e extrair aquilo que o seu “eu” é capaz.
Mas não é por isso que essa ou aquela arte tem que ser limitada a uma elite. Todos tem direito a acessar todos os tipos de arte e vivenciar a sua própria experiência. Já começamos a caminhar pra essa acessibilidade.


Um grande exemplo entre outros, é do grande maestro e pianista brasileiro João Carlos Martins, que tem uma história linda de superação, e mesmo com sua deficiência, persistiu e hoje continua sendo um músico maravilhoso levando sua arte aonde ninguém tem acesso. Um espírito de luz sem dúvida.
Bom chega né? Poderia falar sobre esse tema até depois de amanhã, mas a última coisa que eu quero é deixar alguém entediado. Só quis expor meu pensamento. Beijo a todos! Até a próxima!